terça-feira, setembro 12, 2006

World Rally Championship

Este é o meu desporto favorito, pena que para o praticar tenha de ser ilegalmente e so um cheirinho apenas...(neh paulinha?lembrast do parque de terra de Vilamoura?). Pa quem não sabe este e um campionato internacional de ralie que se realiza anualmente de janeiro a dezembro, o campeonato de 2006 é composto pela provas de Monte Carlo, Suécia, México, Catalunha (Espanha), Córsega (França), Argentina, Sardenha (Itália), Grécia, Alemanha, Finlandia, Japão, Chipre, Turquia, Australia, Nova Zelândia e Reino Unido. Sendo que a proxima e ja dia 22 no Chipre, neste momento o lider e Sebastien Loeb piloto da Citroen-Kronos que apsar de ter mais dificultades materiais. o Seb. e o Vallentino Rossi das quatro rodas, e detentor de varios records cmo mais vitorias ineterruptas, mais provas ganhas por campionato...
Vou postar um video pa ver se alg fica com o bixinho

sábado, setembro 02, 2006

Fim de Semana



Todos os sinais sao vermelhos
Todas as portas estao fechadas
Todos os autocarros vao cheios
as janelas embaciadas

ha gritos que atravessam a rua sempre fora da passadeira As nuvens colam-se a vidraca
em abracos de geleia
E a fome aperta
Apertando o cerco

Um dia eu serei fogo
Como os paus dessa fogueira
Um dia eu serei chama
Se fores a minha companheira

mas tu tardas tanto em chegar
Cada vez tardas mais em chegar
Entao ja eu serei pó
Como a cinza da lareira porque o tempo
Se arrasta
Arrastando o tempo

Sabes que morro
Pelo fim de semana
morro de fome
pelo fim de semana
fome de sair
fome de te ver
fome de saltar
fome de te ter
fome de voar
Fome de cair
Fome de te amar
Para depois viver

Poema da Malta das Naus






















Lancei ao mar um madeiro,
Espetei-lhe um pau e um lençol.
Com palpite marinheiro
Medi a altura do sol.

Deu-me o vento de feição,
Levou-me ao cabo do mundo.
Pelote de vagabundo,
Rebotalho de gibão.

Dormi no dorso das vagas,
Pasmei na orla das praias,
Arreneguei, roguei pragas,
Mordi peloiros e zagaias.

Chamusquei o pêlo hirsuto,
Tive o corpo em chagas vivas,
Estalaram-me as gengivas,
Apodreci de escorbuto.

Com a mão direita benzi-me,
Com a direita esganei.
Mil vezes no chão, bati-me,
Outras mil me levantei.

Meu riso de dentes podres
Ecoou nas sete partidas.
Fundei cidades e vidas,
Rompi as arcas e os odres.

Tremi no escuro da selva,
A lambique de suores.
Estendi na areia e na relva
Mulheres de todas as cores.

Moldei as chaves do mundo
A que outros chamaram seu,
Mas quem mergulhou no fundo
Do sonho, esse, fui eu.

O meu sabor é diferente.
Provo-me e saibo-me a sal.
Não se nasce impunemente
Nas praias de Portugal.

António Gedeão