quarta-feira, fevereiro 18, 2009

Eu gosto de - Parte 5

Eu gosto de bicicletas e quedas!


É verdade... pode parecer estúpido mas alem de gostar de andar de bicicleta, (coisa que tenho a dizer que fiz com muita regularidade nos verões da minha infância), também gosto de quedas!. Gostar de quedas não é fácil nem é para todos não julguem!, É necessário cair e queimar as nádegas no alcatrão porque decidiram ser estúpidos e travar na curva em cima de gravilha para dar estilo, é necessário ver um amigo a cair de bicicleta e ir de ambulância para o hospital (dps de agredir os bombeiros) e ficar lá internado algum tempo, é necessário cair com a roda numa sarjeta sem tampa enquanto se batia um coro barato por sms, é inclusive necessário ver um amigo escapar por breves segundos a um atropelamento por uma Ford Transit vermelha mesmo á Inferno e dizer bem alto “FODA-SE, CARALHO OLHA A CARRINHA!!!” mesmo á Inferno(se não viram o filme vejam que vão ver a gravidade da coisa). Portanto depois de ter passado e ver passar por tantas quedas sempre em cima da bicicleta que se ganha o gosto por cair e tenho algumas marcas que atestam este meu gosto.
Mas para gostar de cair é preciso gostar de andar de bicicleta, e como é óbvio para gostar de andar de bicicleta é necessário saber andar…
É ai que entra o próximo narrador desta história, João Rui Matos Marchante, vizinho da porta da frente, companheiro de viagem na viagem da vida, colega de Basket e acima de tudo cúmplice de mil e uma histórias que fomos passando juntos… Leiam com toda a atenção porque foi ele que me ensinou a andar de bicicleta por isso sabe bem do que fala…
Pois é... Andar de bicicleta é muito fácil! O difícil... é saber cair de uma bicicleta! E isto porquê? Porque quem nunca caiu a andar de bicicleta... nunca andou realmente de bicicleta. O Max falou (e muito bem), de várias quedas de bicicletas que ele viveu ou presenciou durante as “pequenas viagens” que fez... mas esqueceu-se de uma que me ficará sempre na memória! Vou aqui relatá-la em poucas palavras (também porque o momento não foi muito longo).
Para muitos é difícil de imaginar mas existia um grande descampado ao pé das piscinas onde gostavamos muito de andar. Numa dessas voltas, o Max ia na sua já bem conhecida bicicleta cor-de-rosa e eu na minha esmaltina roda 24 azul, (Sim!!! Aquilo é mesmo cor-de-rosa!) quando ele sente uma folga na roda da frente: “Acho que a minha roda da frente não está bem apertada”; nisto decide sacar um cavalinho para atestar a sua teoria (sem dúvida a coisa mais esperta a fazer na situação). Qual não foi o meu espanto quando a roda da frente se solta do quadro!! Agora imaginem a situação... o Max a fazer cavalinho... a roda solta do quadro... ele olha para mim de repente com ar de desespero... e o que se segue a seguir pode ser explicado nas seguintes palavras: “PUMMMMMMM!!” (queda); “RSSSSSSSSSSSS” (corpo a raspar na areia); “Aiiiiiiiiiiiiiiii!!!!” (gemido de dor); “Ahahahahahahahahahahaha” (rir sem parar).
É por isto que as quedas são tão importantes como o andar de bicicleta. Se não as tivessemos nunca poderiamos contá-las e rirmo-nos sem parar disso mesmo! Tenho de reconhecer que posso ter ensinado o Max a andar de bicicleta no meu terraço com cerca de 20 m2 (LOL), numa BMX azul que ganhei por mandar uma caderneta preenchida (acho que da Branca de Neve) com cromos, mas... ele é sem dúvida o Rei das quedas! E apesar de não ter sido uma queda, da última vez que andámos de bicicleta juntos (que foi em Dezembro), ele conseguiu partir a corrente da bicicleta (hehehehe).
Mas à parte disto tudo... devo dizer que sempre andámos imenso! Já chegámos a ir até Valverde, Guadalupe ou Graça do Divor (mas sem ser pela Ecopista... isso é para meninos!!!!). Para quem não sabe estamos a falar de distâncias de cerca de 20 a 30 km. Não parece um trajecto muito grande mas se tivermos em conta as condições em que faziamos as viagens tal como bicicletas rascas, bancos desconfortáveis, estradas impróprias e, claro está, alguns kg a mais muitas vezes.... até que não era nada mau!
Em jeito de conclusão... nem era o próprio andar de bicicleta (desporto) que nos levava a sair de casa todos os dias de manhã! Era a companhia em si... e continua a ser o principal ponto de todas as viagens que ainda fazemos (sejam elas curtas ou grandes). Porque uma viagem sem companhia não tem a mesma piada! Tenho a certeza que ainda havemos de fazer várias “viagens” juntos e claro.. se algum dos leitores se quiser juntar a nós... será mais que bem vindo. Já sabem é que é para estar às 8h30 em frente à porta número 15 e 16 da Rua Francisco Martins xD

Só quero acrescentar que a minha bicicleta não era rosa... era roxa e que tal como a bicicleta do Marchante e as minhas 2 outras foram sempre ganhas em concursos por isso não escolhi a cor... :D

Para acabar quero dizer que é um orgulho enorme ter a tua contribuição aqui no blog, e agradecer o esforço!Um abraço, Max.

4 comentários:

Joana disse...

Eu já desconfiava do "cor-de-rosa"... mas uma Biciclete dessa cor, ja é demais! LoL!
Bah, para quê esses preconceitos pah... é uma cor e acabou!
A biciclete serviu, certo? isso é que interessa.. e ainda por cima tem historia... optimo! A cor pouco interessa, Meninos!

Mas olha que são mesmo uns Meninos... 20, 30Km é bastante pouco...LoL!

Boas viagens... Não as percam de vista... "keep going"!

Diokas disse...

Ui...rosinha!! K bonitinho...lol
Olha, eu tnh 1 2cv, akilo é mt curtido...descapotavel e td!!

Diokas disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Diokas disse...

Fui alertada para o teu novo estatuto como Rei da Merda!
Em forma de sugestão, gostaria de estimular um post sobre um "Gosto de...ser um Engenheiro da Merda!"
Parabéns, não é qualquer um que consegue tal título merdoso...estou orgulhosa de ti pah!
:D

Só não estou muito satisfeita de ainda não teres cozinhado com amor e carinho a bela refeição que prometeste... (e já agora sem merdas...)

Bijokas